O que é a Leishmaniose Visceral?
A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada por um protozoário da espécie Leishmania infantum, que compromete as vísceras e acomete mamíferos domésticos e silvestres tornando-os reservatórios.
Onde podemos encontrar focos de infecção da doença?
Em ambiente urbano, o cão é a principal fonte de infecção. Já no ambiente silvestre não existe comprovação de que haja uma espécie considerada foco natural da doença. No entanto, o protozoário já foi encontrado em cachorros do mato, marsupiais (gambás) e roedores silvestres.
Quem transmite?
Os transmissores são os insetos chamados flebotomíneos e conhecidos popularmente como “mosquito palha”, birigui, tatuíra. Em regiões endêmicas, as principais espécies de flebotomíneos transmissores da Leishmania infantum são: Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi.
Como a Leishmaniose Visceral é transmitida?
Essa doença é transmitida somente pela picada de fêmeas de flebotomíneos que tenham se alimentado do sangue de um animal com o parasita Leishmania infantum em seu organismo.
Período de incubação
É bastante variável tanto para o homem, como para o cão.
– No homem varia de 10 dias a 24 meses. Em média, de 2 a 6 meses
– No cão varia de 3 meses a vários anos. Em média de 3 a 7 meses.
De acordo com os sinais clínicos, podemos classificar:
a) Cães assintomáticos: ausência de sinais clínicos;
b) Cães oligossintomáticos: poucos sintomas, podendo apresentar adenopatia linfóide, pequena perda de peso e pelo opaco;
c) Cães sintomáticos: podem apresentar todos ou alguns sinais mais comuns da doença. Além de adenopatia linfóide, perda de peso e pelo opaco, alterações cutâneas (alopecia, eczema furfuráceo, úlceras e hiperqueratose), onicogrifose (crescimento exagerado das unhas), emagrecimento acentuado, ceratoconjuntivite paresia de membros posteriores.
Quais os sinais de que meu cachorro pode estar infectado com Leishmaniose Visceral?
JUNTO a dois ou mais dos seguintes sintomas:
• ceratoconjuntivite;
• coriza;
• apatia;
• emagrecimento/caquexia;
• diarreia;
• hemorragia intestinal;
• vômitos;
• edema das patas;
• paresia das patas posteriores.
E com pelo menos 1 (um) dos seguintes vínculos epidemiológicos:
• Procedência de área enzoótica, endêmica ou de ocorrência de surto em humanos e/ou animais no Brasil ou em outros países;
• Deslocamento nos últimos 2 (dois) anos para área enzoótica, endêmica ou de ocorrência de casos em humanos ou animais;
• Exposição à ambientes com mata (rural, silvestre, urbano ou periurbano);
• Animal com genitora procedente ou com histórico de deslocamento para uma das áreas acima descritas;
• Fêmea que tenha cruzado com macho procedente ou com histórico de deslocamento para uma das áreas acima descritas;
• Animal cuja procedência é desconhecida (errante).
Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Visceral?