A rodococose é reconhecida como doença infecto–contagiosa e é responsável por elevadas taxas de mortalidade e grandes perdas econômicas, e causada pela bactéria Rhodococcus equi é um cocobacilo pleomórfico, aeróbio gram-positivo intracelular capaz de sobreviver e multiplicar no interior de macrófagos, é considerado oportunista, ubíquo, é um organismo predominantemente telúrico e apresenta requerimentos nutricionais simples, presente no ambiente de criação de animais, é amplamente distribuído pelo ambiente e tem sido isolado de uma grande variedade de fontes incluindo solos, pedras, fezes e intestino de animais doentes e sadios. As vias oral e respiratória são as principais formas de transmissão do agente para os animais, enquanto a via respiratória é a mais importante para o homem. Nos animais caracteriza–se clinicamente por pneumonia piogranulomatosa, enterite e linfadenite. Um dos fatores responsáveis pela ampla distribuição da enfermidade em potros, é a imaturidade do sistema imunológico dos animais acometidos pela infecção, apontada como a doença infecciosa mais preocupante e debilitante em potros desenvolvendo graves reações do tipo piogranulomatosa, de difícil resolução terapêutica que pode tornar-se endêmica em alguns criatórios. Existem três formas clínicas principais de infecção por R. equi em potros: pneumonia aguda, pneumonia crônica, acompanhada de abscessos piogranulomatosos e a forma intestinal, associada a linfadenite mesentérica. Para humanos, as formas de infecção são ainda desconhecidas, mas o contato com eqüinos em pessoas imunossuprimidas sob a forma deinfecções pulmonares, notadamente em indivíduos acometidos pelo vírus da aids.
A lenta disseminação da infecção pulmonar, aliada à habilidade dos potros de compensar discretamente a progressiva perda da função pulmonar, torna o diagnóstico clínico precoce difícil. Dessa forma, o diagnóstico laboratorial da enfermidade assume uma grande importância, tornando-se algumas vezes indispensável para da identificação precoce, facilitando e sucesso com o tratamento. Os métodos mais utilizados atualmente são o cultivo microbiológico da bactéria, testes sorológicos para detecção de anticorpos no soro dos animais e técnicas de PCR que detectam a região 16S. O diagnóstico deve ser feito através de cultura bacteriológica combinada com o exame citológico do exudato traqueobronquial, testes de imunodifusão em gel de ágar, inibição da hemólise sinérgica, imunodifusão radial e ELISA. Os teste sorológico diferencem claramente potros com pneumonia em desenvolvimento dos clinicamente saudáveis facilitaria muito o diagnóstico nas fazendas, pois o reconhecimento precoce da enfermidade reduz os custos com a terapia.
Sante laboratório faz o diagnóstico da doença mediante testes sorológicos para detecção de anticorpos no soro dos animais usando a técnica de imunodifusão em gel de ágar que é reconhecidas para o diagnóstico em animais doentes,obtendo o diagnóstico em 48 horas o qual é uma garantia para um tratamento efetivo em a fase inicial da doença.
BIBLIOGRAFIA
Adkins, B. 2005. Neonatal T cell function. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr. 40:(Suppl. 1):S5-S7.
Capdevila JA, Buján S, Gavalda J, Ferrer A, Pahissa A. Rhodococcus equi pneumonia in patients infected with the human immunodeficiency virus. Report of two cases and review of the literature. Scand J Infect Dis 1997;29:535-541.
CAUCHARD, J.; SEVIN, C.; BALLET, J-J.; TAOUJI, S. Foal IgG and opsonizing anti-Rhodococcus equiantibodies after immunization of pregnant mares with a protective VapA candidate vaccine. VeterinaryMicrobiology, v.104, p.73-81, 2004.
CHAFFIN, M.K.; COHEN, N.D.; MARTENS, R.J.;EDWARDS, R.F.; NEVILL, M.; SMITH I. R.Hematologic abd immunophenotypic factorsassociated with development of Rhodococcus equipneumonia of foals at equine breeding farms withendemic infection. Veterinary Immunology andImmunopathology, v.100, p.33-48, 2004.
COHEN, N.D.; O’CONNOR, M.S.; CHAFFIN, M.K.;MARTENS, R.J. Farm characteristics and management practices associated with development of Rhodococcus equi pneumonia in foals. Journal of the American Veterinary Medical Association, v.226, n.3, p.404-413, 2005.
COSTA, M.M.; KREWER, C.C.; NAPOLEÃO, F.C.;GRAÇA, D.L.; GUARALGI, A.L.M.; VARGAS, A.C.Pesquisa de portadores de Rhodococcus equi entre trabalhadores rurais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEMICROBIOLOGIA, 20., 1999, Salvador, BA. Anais.Salvador: 1999.
GIGUÈRE, S.; PRESCOTT, J.F. Clinical manifestations,diagnosis, treatment, and prevention of Rhodococcusequi infections in foals. Veterinary Microbiology, v.56,n.3/4, p.313-334, 1997.